é, é, o mundo está encarcerado em desamor
enquanto afogo-me em incertezas
o beijo é perdido por entre chamas, labaredas
das festas de São João que não ocorrem
em noites amenas, mas frias
para que o coração aproxime-se do outro
é, é, aparece tanto desamor por aí
que nem sei mais o que é o amor,
agora, no instante da partida,
no cume do vento, significa ir e não voltar
tropecei por sobre umas palavras
eram sorrisos, abraços, braços, poesia
mas não era para mim.
Acredito que o amor seja para todos
menos para o poeta.
segunda-feira, 19 de junho de 2017
domingo, 11 de junho de 2017
o dia em que o poeta parou de versar
O poeta decidiu parar de versar
Foi num dia qualquer
Num dia cinza de quaisquer
Parecia brincar com as flores
Mas, sem o bem, só o mal me quer
Ele cansou. Cansou de versar
Sua alma estava sem combustível
Não sabia mais como agir
Ele tudo dava e quase nada recebia
E se recebesse
Era sempre o vazio
Não que o poeta esperasse algo
É que ele esperava ansiosamente
Por alguém que transversasse o
Que ele versava: "que amasse amor que tinha"
Por isso decidiu parar de versar
Pois versar é conversar é estar
E quando já não há motivos para esperançar, não tem porque
Legendar sentimentos em
Estrofes
O verso finda no ponto
E o poeta se afunda no poço
Daquilo que poderia ser algo
E não foi.
Foi num dia qualquer
Num dia cinza de quaisquer
Parecia brincar com as flores
Mas, sem o bem, só o mal me quer
Ele cansou. Cansou de versar
Sua alma estava sem combustível
Não sabia mais como agir
Ele tudo dava e quase nada recebia
E se recebesse
Era sempre o vazio
Não que o poeta esperasse algo
É que ele esperava ansiosamente
Por alguém que transversasse o
Que ele versava: "que amasse amor que tinha"
Por isso decidiu parar de versar
Pois versar é conversar é estar
E quando já não há motivos para esperançar, não tem porque
Legendar sentimentos em
Estrofes
O verso finda no ponto
E o poeta se afunda no poço
Daquilo que poderia ser algo
E não foi.
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