domingo, 6 de dezembro de 2020

Believe

What happens when there is no love?
when there not happiness or passion?
when the books lose the significance and words not feeling?
I don't know and no one knows.
There is only one thing to do
Believe in dreams, 
believe often,
believe only at one Book, 
the Book of The Life.
I observed the stars and imagined a better world
A world full of hope, full of love.
I lost hope in men,
but, I didn't lose hope in Eternal
That's why still believe, 
even though love no longer means anything

The endless ocean

 The tears founded the hearts
and the distance more and more
not worth


But, what will become of me,
if I do not wait?
What will become of me,
if I do not wait to see your eyes?


What separates us is the endless ocean
One dark blue and deep
but, in the bottom, a light appears
when will be together


Two hearts and one finite ocean.

Poem about smoke

 

The cigar burn about my hands

my lips experiment the life

the music go up in the sky

and a single question is

where will I be when all is finished?


My soul, my life, my parents

where?


I just think then the world is terrible

and the flowers aren’t more in the heart


The cigar burn now about my life

taking everything what’s bad about your smoke

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

tête-à-tête ou poema dos 5 minutos

poema que morre e nasce
que nasce morre, que veste
que corre, que vem, que não está
é palavra, cor, maldade, bondade
submissão
é o tiro
é a ponte
é a ferrugem que corrói os corações
fechadura, é algo que esvai
enquanto os sinos dobram, e em tantas metamorfoses
cá farão inúmeras contagens
passa ano, passa promessa, o que se conclui?
nada! incerteza, verdade, o que acontece?
quando o mar se apaixona por alguém
que esqueceu-se do que significa amém?
eu fico alucinado, estonteado, em era de desinformação
inverdades, de inversos, transverdades
da era dos braços em milhões de abraços passou
tom agora é apenas o que o violão acha que toca
talvez, quiçá, nem sabe do que esse poema fala
mas fala, fala, fala de tudo o que não se vê
do que não se sente, apenas do apenas
sê valente, não temas, pois enquanto o poema corre
a vida passa, o relógio derrete, e esquecemos da importância
do tête-à-tête
celular, células, cédulas, papel, moedas
ganância, poder, alienação
tanto bate até que fura,
o Estado máximo multiplicador comum
para uns e mínima decisão comum para outros
a música já não agita, mumifica
e enquanto o poema corre
a gente foge, de tudo o que é
intolerância
Enquanto o poema corre
Eu amo o Eterno
Eu procuro o Amor
Eu pulo os muros do mundo.

sábado, 24 de novembro de 2018

Fardo do eu

Eu cansei de mim mesmo
daqueles detalhes rotineiros da minha face
dos cabelos ora para cá, ora para lá
e dos sonhos, quase impossíveis

Olhem só as olheiras, guardam tristezas e dores
fotografam silêncios e cores, 
inquietações dos múltiplos sinais do fracasso
diluídos em clichês verbalísticos

é de lá para cá, de cá para lá, tic tac
relógio vem e vem, vai e não vem
e faz, e dorme, e esquece de sonhar
porque cansou de se iludir

é por isso que vivo minúsculo
porquê é muito difícil ser forte
é por isso que canso, pois é difícil prosseguir
é por isso que choro, porquê não consigo conter a lágrima da dor

é por isso que canso de mim mesmo

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

t o r t a s l i n h a s

Principio e fim, morte e vida, contrários em mim, versados sobre papéis, canções formadas, mil e uma utilidades para palavras inventadas todos os dias em que a busca do sentido esvai-se no redemoinho de pedacinhos tão, tão dantescos que o “e se” perde sentido.

Sentido é o que alguém procura. Quiçá seja eu, ou você, que lê esse texto, ou mesmo, um ser que transcende a realidade. Mas, o que temos que deixar bem explanado é que o plano dessa existência é tão amorfo, quanto macrotransformado.

É tudo líquido, diz por aí nosso amigo Bauman. É tudo, sem sentido. Porque sentido vem de sentir que está indo para algum lugar, em que sentir é concordar com corações. É tanta discórdia, que meu coração não consegue se achegar a nenhum outro mais. Tentei fazer poesia para quem eu achava que amava e saiu versos meio tortos.

Trepida sobre o vento
seus cabelos enquanto meus olhos
percebem teus encantos

Bobagem de gente que ainda ingere sólido. Dizem que quem se deixa levar a vida é mais emocionante. É assim mesmo. Para que preocupar-se? Para que encontrar-se? Para que escrever e sentir. Deixa a vida fluir.

Esses filósofos deveriam ser todos tão, tão, tão, nem consigo explicar. Sentir é para os fortes, procurar propósito e entender que podemos seguir é a base de se moldar todos os dias.


Tudo muda, dizia Heráclito, e ele está certo. Somos feitos de renovo. Só não encontra o próprio eu quem não deseja remoldurar-se em sentido. E por fim, num ciclo, recaminhamos, na marcha dos que são descontroladamente perversos poéticos. 

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

trejeitos

são tantas emoções
que meu peito é como se fosse
um país do oriente
movido pelas moções
dos ventos que correm nos dias da primavera
das pessoas despidas em plena praça num verão

hoje, aqui, presente, está o tempo
o céu, a vida, as parcas estrelas
e uma lua que observa o desfazer do amor

e aí, se reconstrói, na base daquilo que não vejo
nos olhos que correm do meu para o seu
dos lábios que se desejam
o corpo que goza
no picadeiro do circo da vida

são tantas as saudades costuradas
cicatrizadas, são tantas
que me perco nos detalhes dos seus 
trejeitos