sexta-feira, 15 de julho de 2016

Cidade rafaélica

A cidade cala as almas
seus muros de concreto
seus rádios ligados
a alma em perfeito desafeto

os becos escuros
as ruas sem saída
os ambulantes sem vida

na cidade tudonada é permitido

O prefeito, o delegado
mendigo morrendo de frio
em plena madrugada

Cidade cruel, desumana 
será que concede aos seus moradores
segurança?

A poesia escapa dos cachimbos
acessos no meio da escuridão
na praça da Luz

Luz para todos é ilusão
o cachimbo que acende aqui
liga a alma na escuridão

Quadros, lagoas, cinemas
lançamento, livros, novelas
Imagina se a cidade fosse
tudo isso que se fala dela?

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