Dizem que os ventos escrevem um novo evangelho, e o amor espalha a esperança, dizem palavras que nada significam e dizem que tudo na verdade é nada. Os seus olhos grandes como planetas e tua pele macia como espuma, teus dedos finos como de músicos e tua beleza como de uma deusa. Eu sou apenas um observador da essência que transcende de ti. Sou uma pena que descreve versos enquanto minha alma caminha com a sua. Inverso nesse teu universo é que escrevo os versos da sua intensidade.
- Deixa eu me afogar em ti?
- Deixo.
Mergulhei como se não quisesse voltar a respirar. Mãos que clamam, a respiração ofegante apenas quando teu beijo me sufoca. A vela tremula a chama que agora está nos corpos. Só eu e você.
Parece meio clichê os dualismos criados, mas o amor que transpassa no toque singelo faz com que a monotonia se quebre. Tudo é clichê, e tudo deixa de ser clichê quando está subvertido na essência mútua.
Meus arranhões na sua pele são minhas linhas, teu corpo meus versos, seus olhares poesia, nosso encontro, mar salgado de Pessoa, teu amor alegria.
Meus arranhões na sua pele são minhas linhas, teu corpo meus versos, seus olhares poesia, nosso encontro, mar salgado de Pessoa, teu amor alegria.
É, sejamos o nosso próprio evangelho.
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