quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Poema sem eira nem beira

estou sem beira, nem eira
e nem queira saber onde estou
melancolia pula no cérebro cinza
que entende em forma de lágrima 
ataque no miocárdio, apenas consequência
não morre ninguém, na verdade
pula o muro da caixa toráxica e caiu no chão da solidão
e vira poesia da mão que apenas escreve
"Queria"
mas a beira da eira já não quer queria
quer o amor insípido e todo completo
não existe verso tão certo, como a palavra incerta
viver o amor completo.
Espero, e quando o tempo acaba, vejo a completude
do amor: não existem limites.

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