A lembrança daquele dia frio permeia meus sentidos
Foi de canto, para abafar o canto do coração
olhos arregalados, vergonha dos lábios
alma dormente, naquele dia, era preciso dizer
quer os versos não mentem
embrenhei nos meandros do medo
que ficava nas faces. Sorri. Sorriu.
Abraço daqueles que vira abrigo para nossas quimeras
o vento soprou num semitom
não sei se de propósito ou foi para abafar
a sinfonia dos batimentos
tudo se resolveu, ou quase
o beijo tímido dissolveu nossa lucidez
agora nos resta querer
o vento quer, o universo quer
meus poemas querem, meu verbo também
e você, bate a lembrança na porta
quer também?
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