terça-feira, 4 de outubro de 2016

Os mil temores de Patrícia

Patrícia tem medo, medo dos seus amores
na verdade, tem medo de sempre começar
e nunca acabar, como sempre. Acabar o que Patrícia?
O café, o chá, a refeição, o miojo, os amores

Sim, amores, Patrícia e os seus mil
tem problemas também, amar em demasia
faz com que perturbações grandes demais para alma
apareça. Cresce, vira um turbilhão de sentimentos, de choros, de palhaços tristes, de amontoados de poesias sem verbos, sem amor, sem vida, sem mistificação.
Pena de Patrícia. Que quer dizer, mas não consegue
ela tem medo.

Tem medo de chegar para aqueles amores tolos
e inacabados e dizer 
que acabou e que não deve nada a eles
mas ela tem medo de dizer.

Decide então escrever, mas o que escrever?
Ela tem medo de escrever. Sabe, que uma tristeza
que brota na alegria vai perdurar alguns intantes.
Então, desculpem o transtorno, mas Patrícia precisava
dizer sobre as primaveras
sobre os amores floridos de setembro
e mais de todo seu ciclo de estações

Patrícia chora. Tem medo de mostrar a alma 
e acabar aquilo que começou.
Segue um conselho Patrícia, não se doe a muitos amores.


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