sexta-feira, 29 de setembro de 2017

esquecimentos sutis, lembranças anônimas

A tua beleza chegou num impasse
entre o passo e o tempo
do relance que nunca tinha visto

pena que quiçá, palavras minhas
não se tornarão palavras em sua boca

Será? a pergunta que faço
Será que olharás a mim?
e se sim, me refaço

Vejo-lhe a silhueta, devolve o olhar que eu não vejo
 No fim, eu, Proust e as madelaines
perdidos no tempo, esquecendo os detalhes

Porém, do outro lado do tempo
tua beleza desconhecida preenche
novamente o meu amor.
 

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